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são paulo, Brazil
tenho 30 anos, e finalmente descobri minha vocação: enfermagem!!! Comecei a fazer o curso técnico e me apaixonei espero em 2011 ir p facul. montei esse blog p facilitar pesquisas, pq sei como é dificil fazer trabalhos sem achar conteúdos. Se quizer colaborar pode mandar conteúdos, livros, trabalhos digitados... espero q seja útil!!!

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A pesso Humana e Necessidades Basicas (maslow)

Pessoa Humana

Conceito
É o indivíduo de natureza humana racional, portador de potencialidade que se desenvolvem nas diversas fases da vida, no contexto de família e da comunidade.
Características da pessoa humana:
a) Ser distinto de todos os demais da espécie humana;
b) É uma unidade que não pode ser dividida sem parecer. Compõe-se de corpo e alma (matéria e espírito);
c) Ser original na escala de seres existentes no Universo;
d) Ser consciente, livre e social, com características que distinguem dos outros animais.
Como ser espiritual, é capaz de amar e elaborar abstratas que nenhum computador, por mais sofisticado que seja, conseguirá realizar.
Como ser racional, tem uma percepção altamente aguçada, acumulando experiências e transformando o mundo em que vive. Possui potencialidades que lhe permitem conseguir livremente as condições de sua própria realização. Possui direito e deveres morais.
O ser humano é uma dignidade absoluta, com igualdade, para todos os da espécie, independente de:
 Cor;
 Religião;
 Cultura;
 Situação sócio-econômica.
Até mesmo quando o homem se evita pelo vício, quando se torna corrupto ou criminoso, não perde a sua dignidade e o respeito, que é o apanágio de todas as criaturas humanas.

Necessidades Básicas
MASLOW baseia sua teoria sobre a motivação humana nas necessidades humanas básicas.
Necessidades básicas são os instintos inatos, ou estados de tensões, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais. Os instintos levam o próprios indispensáveis à conservação de sua vida.
As necessidades humanas básicas foram, por MASLOW, hierarquizadas em cinco níveis:
1. Necessidades fisiológicas;
2. Necessidades de segurança;
3. Necessidades de amor;
4. Necessidades de estima;
5. Necessidades de auto-realização.
O homem é um todo individual, não é soma de suas partes, portanto todas estas necessidades estão intimamente inter-relacionadas pois fazem parte de um todo do ser humano.

1. NECESSIDADES FISIOLÓGICAS
 Oxigenação;
 Hidratação – água;
 Nutrição – alimentos;
 Repouso;
 Sono;
 Eliminações;
 Exercícios;
 Atividade sexual;
 Higiene – limpeza;
 Equilíbrio ecológico.

2. NECESSIDADES DE SEGURANÇA
 Habitação;
 Liberdade;
 Status;
 Emprego;
 Legislação;
 Vestuário;
 Assistência médico-social;
 Religião;
 Prevenção de acidentes;
 Poupança.

3. NECESSIDADES DE AMOR
 Atenção;
 Respeito;
 Aceitação;
 Conversação – comunicação.

4. NECESSIDADES DE ESTIMA
 Auto - estima;
 Competência;
 Afirmação;
 Realização;
 Reconhecimento;
 Ajustamento.

5. NECESSIDADES DE AUTO - REALIZAÇÃO
 Progresso;
 Afirmação;
 Independência;
 Poder - aquisição.

As necessidades das pessoas são sentidas e expressas diferentemente, e dependem da individualidade, da cultura, da escolaridade, dos fatores sócio-econômicos e do ambiente físico.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Curativo

é o tratamento de qualquer tipo de lesão da pele ou mucosa.

FINALIDADES

1. Prevenir a contaminação.
2. Facilitar a cicatrização.
3. Proteger a ferida.
4. Facilitar a drenagem.
5. Aliviar a dor.

TIPOS DE CURATIVOS - O curativo é feito de acordo com as características da lesão.

1. Aberto: curativo em feridas sem infecção, que após tratamento permanecem abertos (sem proteção de gaze).

2. Oclusivo: curativo que após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento é fechado ou ocluido com gaze ou atadura.

3. Compressivo: é o que faz compressão para estancar hemorragia ou vedar bem uma incisão.

4. Com irrigação: nos ferimentos com infecção dentro da cavidade ou fistula, com indicação de irrigação com soluções salinas ou anti-séptico. A irrigação é feita com seringa.

5. Com drenagem: nos ferimentos com grande quantidade de exsudato. Coloca-se dreno de (Penrose, Kehr), tubos, cateteres ou bolsas de colostomia.

MATERIAL

Bandeja contendo:

• Pacote de pinças para curativo (usamos 2 anatômicas – 1 com dentre e outra sem e 1 Kocher) e espátula com gaze.

• Frascos com anti-sépticos.

• Esparadrapo, fita crepe ou micropore.

• Tesoura.

• Cuba-rim.

• Saco plástico para lixo.

• Forro de papel, pano ou impermeável para proteger a roupa de cama.

• Pacote com gazes.

• Quando indicados: pomadas, ataduras, chumaços de algodão, seringas, cubas.

MÉTODO

1. Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser feito.
2. Preparar o ambiente:
- fechar as janelas para evitar correntes de ar e poeira;
- desocupar a mesa-de-cabeceira;
- colocar biombo, se necessário;
3. Lavar as mãos.
4. Separar e organizar o material de acordo com o tipo de curativo a ser executado.
5. Levar a bandeja com o material e colocar sobre a mesa-de-cabeceira.
6. Descobrir a área tratada e proteger a cama com forro de papel, pano ou impermeável.
7. Colocar o paciente em posição apropriada e prender o saco plástico para lixo em local acessível.
8. Abrir o pacote de curativo e dispor as pinças com os cabos voltados para o executante, em ordem de uso – da esquerda para a direita: pinça anatômica sem dente, Kocher, anatômica com dente, e a espátula montada com gaze.
9. Abrir o pacote de gaze e colocá-la no campo. Se necessário colocar também chumaços de algodão.
10. Retirar o curativo anterior utilizando a espátula montada com gaze embebida em benzina ou éter, e a 1ª pinça antômica com dente.
- ao despejar soluções, virar o rótulo para a palma da mão;
- preferencialmente, só usar éter ou benzina após a retirada do esparadrapo, para remover os resíduos do adesivo;
- retirar o esparadrapo no sentido dos pêlos;
- ao embeber a gaze, fazê-lo sobre a cuba-rim;
11. Desprezar o curativo anterior e a espátula no saco plástico, e a pinça no campo, na área considerada contaminada.
12. Com a 2ª pinça (Kocher, Pean ou Kelly) limpar as bordas da lesão com gaze embebida em soro fisiológico.
13. Secar com gaze e desprezar a pinça.
14. Com a 3ª pinça (anatômica sem dente) limpar a lesão com gaze embebida em soro fisiológico.
- obedecer o princípio: do menos contaminado para o mais contaminado, usando tantas gazes forem necessárias;
- usar técnica de toque com movimentos rotativos com a gaze, evitando os movimentos de dentro para fora da ferida, tanto quanto os de fora para dentro;
- usar cada gaze ou tampão uma só vez;
- remover ao máximo os exsudatos(secreções – pus, sangue), corpos estranhos e tecidos necrosados;
15. Secar com gaze e passar o anti-séptico indicado (ou pomada, creme, etc.)
16. Proteger com gaze e fixar com adesivo (se indicado).
17. Desprezar a 3ª pinça e envolver as pinças no próprio campo, que será encaminhado ao expurgo.
18. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
19. Lavar as mãos.
20. Providenciar a limpeza e a ordem do material.
21. Checar o horário e fazer as anotações de enfermagem, especialmente quanto à evolução da lesão e queixas do paciente.


OBSERVAÇÕES


1. Antes de fazer o curativo, observar o estado do paciente, ler as anotações sobre o tipo de curativo, sua evolução e cuidados específicos.

2. Nas feridas cirúrgicas, a pele ao redor da ferida é considerada mais contaminada que a própria ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da lesão. (Importante lembrar ao limpar ou tratar a lesão).

3. Quando o paciente necessitar de vários curativos, iniciar pela incisão fechada e limpa, seguindo-se as lesões abertas não infectadas e por último as infectadas.

4. Geralmente, nas feridas cirúrgicas, 48 horas após a cirurgia, é recomendado deixar o curativo aberto.

5. Ao dar banho em pacientes com curativo, aproveitar para lavar a lesão.

6. Devido ao risco de infecção hospitalar, não é recomendado levar o material de curativo no carrinho. Deve-se levr só a bandeja com o material, para junto do paciente.

7. Não jogar o curativo anterior e as gazes utilizadas na cesta de lixo do paciente.

8. Não comprimir demais com ataduras e esparadrapo o local da ferida a fim de permitir boa circulação.

9. O saco plástico que recebe gazes e ataduras usadas no curativo deve ser de uso individual. Um para cada paciente.

10. Os curativos devem ser tocados diariamente e sempre que se apresentarem úmidos ou sujos.

11. Não é necessário o uso de luvas para fazer curativo. Exceto quando não utilizar pinça. Neste caso as luvas devem ser esterilizadas.

12. Nas feridas, com exsudato, com suspeita de infecção deve ser colhida amostra para bacterioscopia e encaminhada imediatamente ao laboratório.

FERIDAS COM DRENO
1. Limpar o dreno e a pele ao redor, com soro fisiológico.
2. Colocar uma gaze sob o dreno, isolando-o da pele.
3. Colocar outra gaze sob o dreno, protegendo-o
4. O dreno de Penrose deve ser tracionado em cada curativo (exceto quando contra – indicado). Cortar o excesso e colocar alfinete de segurança estéril, usando luva esterilizada.
- Nunca tocar diretamente no dreno.
5. O dreno tubular ou torácico exige troca de curativo extremamente rápido e curativo oclusivo para evitar que ocorra pneumotórax. Não deve apresentar dobras, para garantir uma boa drenagem.
6. Observar e anotar o volume e o aspecto do material drenado.

CONTROLE DE SINAIS VITAIS

Definicao - Sinais vitais sao reflexos ou indicios de mudancas no estado do paciente. Eles indicam o estado fisico do paciente e ajudam no seu diagnostico e tratamento.

NORMAS
01 - Os sinais vitais deverao ser verificados a cada 06 horas. Quando o caso exigir dever ser visto quantas vezes for necessario;
02 - Ao se verificar qualquer um dos sinais vitais, dever ser explicado ao paciente o que ser realizado;
03 - Quando houver alteracao de alguns dos sinais vitais dever ser comunicado ao enfermeiro da unidade e ao medico responsavel pelo paciente, se for necessario.

Material

Bandeja contendo,
01 Termometro,
Bolas de algodao seco,
Bolas de algodao embebidas no alcool a 70%,
Estetoscopio,
Aparelho P.A. - Esfigmomanometro,
Caneta
Relogio,
Gazes.

TEMPERATURA

Temperatura Corporal - E o equilibrio mantido entre producao e perda de calor pelo organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotalamo no cerebro. Certos fatores fisiologicos podem provocar variacoes na temperatura, como: Sono e repouso, idade, exercicio fisico, fator hormonal, alimentacao, banho, agasalho, emocao e desnutricao. Ha tambem fatores patologicos, que auteram a temperatura, como: Processos infecciosos, determinadas drogas e disturbios emocionais

TERMINOLOGIA

Hipotermia - Temperatura abaixo do valor normal.
Hipertermia - Temperatura acima do valor normal.
Afebril - Temperatura normal;
Febricula - Variacoes entre 37,0 a 37,5 [C]

8.1 - LOCAIS DE VERIFICACAO
01 - Regiao axilar ou inguinal;
02 - Regiao bucal;
03 - Regiao retal.

8.1.1 - VARIACAO DA TEMPERATURA DE ACORDO COM A REGIAO
Axilar ou Inguinal - 36,0 a 36,8
Bucal - 36,5 a 37,0
Retal - 37,0 a 37,5

Tecnica

Temperatura Axilar
01 - Lavar as maos;
02 - Preparar o material;
03 - Explicar ao paciente o que vai fazer;
04 - Desinfetar o Termometro com bola de algodao embebido em alcool a 70% da extremidade ao bulbo;
05 - Secar o Termometro com bolas de algodao seco;
06 - Descer coluna de mercurio abaixo de 35 graus;
07 - Enxugar a axila do paciente com gaze;
08 - Colocar o Termometro com a extremidade do bulbo no apice da axila, posicionando-o perpendicular mente a parede medial da axila;
09 - Pedir ao paciente para comprimir o braco de encontro ao torax, com a mao na direcao do ombro oposto;
10 - Aguardar de 3 a 5 minutos;
11 - Proceder a leitura;
12 - Refazer a limpeza do Termometro;
13 - Retornar a coluna de mercurio ao ponto inicial;
14 - Anotar na ficha de controle;
15 - Lavar as maos.

Temperatura Bucal

01 - Lavar as maos;
02 - Preparar o material,
03 - Explicar ao paciente o que vai fazer,
04 - Certificar se o paciente ingeriu alimentos quentes ou frios, ou se fumou a menos de 30 minutos;
05 - Fazer a limpeza com bola de algodao embebido em alcool a 70% e secar o Termometro da extremidade ao bulbo;
06 - Colocar o Termometro sob a lingua do paciente, recomendando que conserve a boca fechada;
07 - Retirar o Termometro depois de 3 minutos;
08 - Fazer a leitura do Termometro e limpa-lo com bola de algodao embebida no alcool a 70%;
09 - Descer coluna de mercurio;
10 - Anotar na ficha de controle;
11 - Lavar as maos.

Obs: - E contra indicado o uso desta tecnica em criancas, velhos doentes graves, inconscientes e psiquiatricos, portadores de doencas orofaringeas, apos fumar e ingestao de alimentos quentes ou frios.

Temperatura Retal

Material

Termometro proprio;
Luvas de procedimento;
Lubrificante (vaselina liquida ou xylocaina gel);
Biombo.

Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Preparar o material;
03 - Proteger o paciente com biombo;
04 - Explicar ao paciente o que ser feito;
05 - Calcar as luvas de procedimento;
06 - Colocar o paciente em decubito lateral esquerdo, mantendo-o coberto;
07 - Fazer limpeza do Termometro com bolas de algodao embebidas no alcool a 70% e seca-lo da extremidade do bulbo;
08 - Abaixar a coluna de mercurio;
09 - Lubrificar a ponta do Termometro com vaselina liquida que vai ser inserida no reto;
10 - Descobrir o paciente e separar as nadegas de modo que o esfincter anal seja visivel;
11 - Inserir o Termometro - 01 cm;
12 - Retirar o Termometro apos 3 minutos;
13 - Fazer a leitura;
14 - Deixar o paciente e a unidade em ordem;
15 - Encaminhar o Termometro para pre desinfecao em hipoclorito por 30 minutos;
16 - Lavar o Termometro com agua e sabao apos pre desinfeccao;
17 - Desprezar luvas;
18 - Anotar na ficha de controle;
19 - Lavar as maos.

Obs: - Esta tecnica e contra indicada em casos de intervencao cirurgica do reto e perineo, processos inflamatorios locais.

8.2 - ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM

Hipertermia - Banho morno, compressas com agua e alcool, ingestao de liquidos;
Hipotermia - Aquecimento do individuo atraves de agasalhos, cobertores e do meio ambiente, ingestao
de alimentos quentes.


PRESSAO ARTERIAL (P.A.)

Pressao Arterial E a tensao que o sangue exerce nas paredes das arterias. A medida da pressao arterial compreende a verificacao da pressao maxima (sistolica) e a pressao minima (diastolica), sendo registrado em forma de fracao
A P.A. depende do:

Debito cardiaco - Representa a quantidade de sangue ejetado do ventriculo esquerdo para o leitovascular em um minuto;
Resistencia vascular periferica Determinada pelo lumem (calibre), pela elasticidade dos vasos e
viscosidade sanguinea;
Viscosidade do sangue - Decorre das proteinas e elementos figurados do sangue.

A P.A. e alterada em algumas situacoes fisiologicas, como:
a) Alimentacao, medo, ansiedade, exercicios, estimulantes aumentam a P.A.
b) Repouso, jejum, depressao, diminuem a P.A.

TERMINOLOGIA

Hipertensao - P.A. elevada;
P.A. convergente - P.A. minima proxima da P.A. maxima;
Hipotensao - P.A. baixa;
P.A. Divergente P.A. minima distante da P.A. maxima.

Local de Verificacao

Membros superiores (bracos),
Membros inferiores (regiao poplitea),
Variacao P.A.:
Sistolica - 90 - 140 mmHg
Diastolica - 60 - 90 mmHg.

NORMAS
01- Na presenca de lesoes ou doencas contagiosas, proteger o esfigmomanometro envolvendo o membro do paciente com sanito. Encaminhar o esfigmomanometro para lavanderia na alta do paciente
02 - Caso haja alteracoes no som e importante anotar para analise de dados clinicos;
03 - Verificar todos os sinais vitais de um paciente, lavar as maos e passar para outro;
04 - Em casos de verificar a P.A. com o paciente sentado, o membro superior deve ser posicionado de forma que o braco permaneca no mesmo nivel que o coracao, isto e, ao longo do corpo;
05 - Nao verificar a P.A. nos membros com fistulas arterio-venosas,
06 - Lembrar que a P.A. pode ser verificada nos membros inferiores, se necessario.

Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Preparar o material;
03 - Promover a desinfecao das olivas e diafragma do estetoscopio com alcool a 70%;
04 - Explicar ao paciente o que ser feito;
05 - Colocar o paciente em condicao confortavel, com antebraco apoiado e a palma da mao para cima;,
06 - Expor o membro superior do paciente;
07 - Colocar o manguito (esfigmomanometro) 5 cm acima da prega do cotovelo, na face interna do braco prendendo-o de modo a nao comprimir nem soltar;
08 - Localizar com os dedos a arteria braquial na dobra do cotovelo;
09 - Colocar o estetoscopio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscopio sobre a arteria, evitando uma pressao muito forte;
10 - Fechar a valvula da pera de borracha e insuflar ate o desaparecimento de todos os sons (cerca de
200 mmHg);
11 - Abrir a valvula vagarosamente;
12 - Observar o manometro, o ponto em que ouvir o primeiro batimento e a P.A. sistolica maxima;
13 - Soltar o ar do manguito gradativamente ate ouvir claramente o ultimo batimento lendo o manometro
(P.A. diastolica minima);
14 - Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operacao se for necessario;
15 - Remover o manguito e deixar o paciente confortavel;
16 - Promover a desinfecao das olivas e do diafragma do estetoscopio com alcool a 70%;
17 - Anotar na ficha de controle;
18 - Lavar as maos.

Tecnica de Verificacao de P.A. nos Membros Inferiores

01 - Lavar as maos;
02 - Preparar o material;
03 - Promover a limpeza das olivas e diafragma do estetoscopio com alcool a 70%;
04 - Explicar ao paciente o que ser feito;
05 - Colocar o paciente em posicao confortavel com os MMII estendidos;
06 - Expor o membro inferior do paciente;
07 - Colocar o manguito (esfigmomanometro) 5 cm acima da prega do joelho, prendendo-o de modo a nao comprimir nem soltar-se;
08 - Localizar com os dedos a arteria poplitea na dobra do joelho;
09 - Colocar o estetoscopio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscopio sobre a arteria, evitando
uma pressao muito forte;
10 - Fechar a valvula da pera de borracha e insuflar ate o desaparecimento de todos os sons ( cerca de
200 mmHg);
11 - Abrir a v valvula vagarosamente;
12 - Observar o manometro. O ponto em que ouvir o primeiro batimento e a P.A. sistolica m maxima;
13 - Soltar o ar do manguito gradativamente ate ouvir claramente o ultimo batimento lendo o manometro
(P.A. diastolica minima);
14 - Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operacao se for necessario;
15 - Remover o manguito e deixar o paciente confortavel;
16 - Promover a limpeza das olivas e do diafragma do estetoscopio com alcool a 70%;
17 - Anotar na ficha de controle;
18 - Lavar as maos;

PULSO
Pulso E a expansao e a contracao das arterias resultantes dos batimentos cardiacos. Emocoes,
exercicios fisicos, alimentacao e drogas podem provocar alteracoes passageiras do pulso.

TERMINOLOGIA

Normocardia - Frequencia normal;
Bradicardia - Frequencia abaixo do normal;
Taquicardia - Frequencia acima da normal;
Taquisfigmia - Pulso fino e taquicardico;
Bradisfigmia - Pulso fino e bradicardico.

Locais de Verificacao
Arteria Temporal, Arteria Carotida,
Arteria Braquial, Arteria Radial,
Arteria Femural, Arteria Poplitea,
Arteria Pediosa; Apical.

Variacao Pulso

RN 120 - 140 batimentos,
Criancas 80 - 100 batimentos,
Lactantes 100 - 120 batimentos,
Adultos 60 - 80 batimentos.

NORMAS

01 - Evitar verificacao do pulso em membros afetados de pacientes neurologicos e vasculares;
02 - Nao verificar pulso em membro com fistula arterio-venosa;
03 - Verificar o pulso sem usar o dedo polegar, pois se o fizer estara contando o proprio pulso e nao o do
paciente.

Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Manter o paciente em posicao confortavel, preferencialmente em repouso;
03 - Colocar as poupas dos dedos medio e indicador sobre a arteria radial;
04 - Pressionar suavemente ate localizar os batimentos;
05 - Fixar o polegar suavemente sobre o dorso do punho do paciente;
06 - Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem;
07 - Contar as pulsacoes durante 1 minuto, avaliando frequencia, volume e ritmo;
08 - Anotar na ficha de controle;
09 - Lavar as maos.

RESPIRAÇAO

Respiracao - E a troca de gazes (oxigenio e gas carbonico) ocorrido nos alveolos pulmonares, transformando o sangue venoso rico em CO2 (Dioxido de Carbono) em sangue arterial rico em O2 (Oxigenio). Exercicios fisicos, emocoes, choro, variacoes climaticas, drogas, podem alterar a respiracao.

Variacao Respiracao

RN 30 - 40 mov/minuto,
Criancas 20 - 25 mov/minuto,
Adultos 16 - 20 mov/minuto.

TERMINOLOGIA

Bradipneia - Frequencia respiratoria abaixo do normal;
Taquipneia - Frequencia respiratoria acima do normal;
Dispneia - Dificuldade respiratoria;
Ortopneia - Respiracao facilitada em posicao vertical;
Apneia - Parada respiratoria;
Respiracao Cheyne Stokes - Caracterizada por movimentos respiratorios que vao se tornando profundos intercalados por periodo de apneia;
Respiracao Estertorosa - Respiracao com ruido.

NORMAS

01 - Como a respiracao e um dos dados vitais dever ser verificada junto dos mesmos;
02 - Se observar anormalidades, comunica-las;
03 - Nao deixar que o paciente perceba que voce esta verificando a respiracao, pois ele poder controlar a mesma, o que ir alterar o resultado.

Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Colocar o paciente deitado confortavelmente;
03 - Colocar os dedos no pulso do paciente como se fosse verifica-lo, apoiando-o sobre o torax;
04 - Observar os movimentos respiratorios (inspiracao e expiracao), contando-os durante 1 minuto;
05 - Anotar na ficha de controle;
06 - Lavar as maos.

LUVAS ESTÉREIS

As luvas estéreis, devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os procedimentos cirúrgicos, aspiração endotraqueal, curativos extensos que se tornam difíceis realizar somente com o material de curativo. Resumindo, em qualquer ocasião que for necessário o auxílio manual em locais estéreis ou em lesões, usa-se as luvas esterilizadaApós realizar a lavagem correta das mãos (observar as indicações de qual lavagem utilizar), abra o pacote de luva sobre uma superfície limpa, e a altura confortável para sua manipulação.



existem abas nas dobras internas da embalagem das luvas. Elas existem para facilitar a abertura do papél, sem que ocorra o risco de tocar nas luvas e contaminá-las. Então, segure nas abas e abra os dois lados que revestem as luvas,

As luvas estão dispostas corretamente à sua frente, onde a luva da mão direita, está a sua direita, e a luva da mão esquerda, está a sua esquerda. Isso na maioria dos fabricantes. A maioria das luvas não tem lado anatômico, mas ficam dispostas nesse sentido, devido a dobra existente do polegar.

Agora, prepare-se para calçar a luva na mão dominante. Com sua mão não-dominante, segure a luva pela face interna da luva (que vem dobrada propositalmente). Lembre-se: enquanto você estiver sem luvas, segure apenas pela face onde a luva irá entrar em contato com sua pele, ou seja, face interna.

Agora, introduza os dedos da mão dominante, calmamente, procurando ajustar os dedos internamente. Realize esta etapa da melhor maneira possível, mas não se preocupe se os dedos ficaram mau posicionados dentro da luva. Continue o procedimento mesmo com os dedos posicionados de forma errada (é muito arriscado tentar arrumar a posição dos dedos , você pode contaminá-la).

Após esta etapa, introduza até que sua mão entre completamente na luva, sempre segurando-a pela face interna da luva.

Agora que você colocou a primeira luva estéril (na mão dominante), vamos colocar a luva na mão esquerda (não-dominante).

Lembre-se, que agora estamos com uma luva estéril na mão dominante, e não podemos tocar em lugares que não sejam estéreis, seja eles a nossa pele, superfícies ou objetos ao nosso redor.

Com a mão dominante (enluvada), segure a outra luva pela face externa (ou seja, por dentro da dobra existente). Esta dobre existente no punho da luva, servirá de apoio para segurar a luva, sem que se corra o risco de contaminar a luva, mesmo que de forma imperceptível.

Sempre segurando pela dobra do punho da luva, introduza calmamente sua mão esquerda (não-dominante), na luva, semelhante ao realizado na primeira luva, mas agora, com a cautela de não tocar com a luva na pela da mão esquerda ou em locais não estéreis.

Siga esta etapa, até introduzir toda a mão esquerda na luva.

Agora, havendo a necessidade de posicionar os dedos corretamente, ou até mesmo melhorar o calçamento da luva, faça com ambas as luvas, porém evite manipular a luva na região dos punhos caso esta não possua mais as dobras de segurança.

Fonte: Sanches, L.M.P.; Como calçar Luva Estéril. Enfermagem.org - Aprendendo e ensinando com tecnologia.
Capturado on-line em:
http://www.enfermagem.org/tecnicasbasicas/luvaesteril.htmls.

PREPARO DO LEITO COM E SEM PACIENTE (cama aberta e fechada)

Material

Luvas de procedimento,
02 Lencois,
01 Travesseiro,
01 Fronha,
01 Forro,
01 Cobertor, se necessario,
Hamper.

Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Preparar o material;
03 - Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira;
04 - Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper proximo do leito;
05 - Desprezar as luvas;
06 - Estender o lencol sobre o leito, amarrando as pontas do lencol na cabeceira e nos pes;
07 - Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lencol na parte mais proxima;
08 - Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira;
09 - Fazer o canto do viril nos pes da cama;
10 - Passar para o lado mais distante e proceder a arrumacao do forro e virol;
11 - Colocar a fronha no travesseiro;
12 - Colocar o travesseiro na cama;
13 - Recompor a unidade;
14 - Lavar as maos.

PREPARO DO LEITO COM O PACIENTE (Cama Aberta)

Material

01 travesseiro,
02 lencois,
01 cobertor (se necessario),
01 fronha,
01 lencol para fralda,
01 rolo para costas (se necessario),
Camisola ou pijama,
01 forro.
Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Colocar a roupa na mesa de cabeceira;
03 - Explicar o que se vai fazer ao paciente;
04 - Colocar o hamper proximo a cama;
05 - Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado;
06 - Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira;
07 - Colocar o paciente em decubito dorsal protegido com o lencol de cima;
08 - Enrolar o forro e lencol de baixo separadamente, ate o meio da cama e sob o corpo do paciente;
09 - Substituir o lencol de baixo, e o forro, pela roupa limpa;
10 - Virar o paciente para o lado pronto, nunca expondo-o;
11 - Passar para o lado oposto;
12 - Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lencois limpos, prendendo-os e fazendo os cantos;
13 - Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente;

Obs: - Se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas pessoas.


PREPARO DO LEITO DE OPERADO

O leito do operado e igual ao leito fechado, mas com lencol dobrado em pregas, na cabeceira do leito proximo ao lencol movel. Esse leito tera as roupas soltas nos pes, exceto o lencol de baixo. O lencol de cima, cobertor, e colcha deverao ser dobrados na parte da cabeceira e dos pes, deixando-os enrolados lateralmente.
Apos deitar o paciente operado, cobri-lo e prender as pecas da cama que estavam soltas fazendo os cantos.

ARRUMACAO DO LEITO

Definicao - Cama aberta - quando esta ocupada por paciente,
Cama fechada - quando o leito esta vago,
Cama de operado - quando esta aguardando o retorno do paciente do centro cirurgico.

NORMAS
01 - O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessarias durante o plantao;
02 - O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade;
03 - Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho;
04 - Utilizar lencois limpos, secos e sem pregas;
05 - Caso os lencois sejam reutilizados, nao deixar migalhas, fios de cabelos;
06 - Observar o estado de conservacao dos colchoes e travesseiros;
07 - Nao sacudir as roupas de cama;
08 - Nao arrastar as roupas de cama no chao

Técnica de lavagem das mãos

• Molhar as mãos.
• Aplicar uma quantidade suficiente de sabão cobrindo com espuma toda a superfície
das mãos.
• Utilizar a técnica que se apresenta na fig.1
• O processo deve demorar 10-15 segundos.
• Enxaguar as mãos em água corrente e secar com toalhete de papel.
• Se a torneira for de encerramento manual, utilizar o toalhete para fechar, a fim de não
recontaminar as mãos.


RETIRADA DE SONDA

RETIRADA DE SONDA

Material:
- saco de lixo; luva de procedimento; seringa.

Procedimento:
- verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
- calçar luvas de procedimento;
- aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi colocado);
- retirar a sonda;
- desprezar no lixo

SONDA VESICAL (DEMORA E ALÍVIO)

SONDA VESICAL (DEMORA E ALÍVIO)

Mulher: 14 a 16
Homem: 16 a 18

Material:
- pacote (cateterismo vesical) com:
- campo estéril; cuba redonda ou cúpula; 5 bolas de algodão ou gaze; pinça Pean; cuba rim; sonda vesical ou Nelaton; PVPI tópico; Luva estéril; Saco para lixo;
- Recipiente para coleta de urina (cálice graduado); Recipiente estéril para coleta de amostra de urina; Seringa 20 ml; Biombo s/n.

SONDA VESICAL DE DEMORA

Material
- gaze estéril; seringa de 20 ml ou 10 ml; agulha de 40x20; ampola de AD 10 ml / SF
- xylocaína gel lacrada; coletor de urina estéril (sistema fechado); micropore; comadre; sonda Foley; homem: uma seringa a mais (xylocaína / água).

Procedimento
- colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem: pernas estendidas);
- biombo e foco de luz s/n;
- lavar as mãos;
- abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobr o campo fixando-o com adesivo;
- abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se paciente abitado, abrir em mesa auxiliar);
- colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão;
- abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa);
- colocar xylocaína na gaze;
- abrir a ampola de água;
- calçar as luvas;
- testar o Cuff da sonda (fazer o balão inflar);
- aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola;
- lubrificar 5 cm da sonda;
- homem: preparar seringa com 10 ml de xylocaína;
- conectar a sonda ao coletor;
- fazer a anti-sepsia:
v mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário;
v homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em movimentos circular ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xylocaína no meato;

SONDA VESICAL DE ALÍVIO: Não possui CUFF
SONDA VESICAL DE DEMORA:
- FOLEY de duas vias (01 para insulflar e outra para drenar);
- FOLEY de três vias (igual a anterior + 01 para infundir solução;
- Fazer o controle da irrigação.

SONDA NASOGÁSTRICA - (do nariz ao estômago)

SONDA NASOGÁSTRICA - (do nariz ao estômago)

Sonda aberta: drenagem
Sonda fechada: alimentação

Material
- sonda gástrica LEVINE ( mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
- seringa de 20ml; copo com água; gaze, benzina; toalha de rosto; xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento; sacos para lixo.

Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice;
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Lubrificar a sonda com xylocaína;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo;
- Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local:
• Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
• Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20ml;
• Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada.
• Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar;
• Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
• Fixar a sonda não tracionando a narina.

MEDIDAS DE CONFORTO E SEGURANCA DO PACIENTE

MEDIDAS DE CONFORTO E SEGURANCA DO PACIENTE

O conforto e a seguranca tem uma concepcao ampla e abrangem aspectos fisicos, psicossociais e espirituais, constituindo necessidade basica do ser humano.
Na admissao, se suas condicoes fisicas permitirem, deve-se apresentar o paciente para os companheiros da enfermaria e a equipe de saude. Mostar as dependencias e orienta-lo quanto a equipe de saude. Mostar as dependencias e orienta-lo quanto a rotina da unidade. Todas as condutas terapeuticas e assistencia de enfermagem devem ser precedidas de orientacao, esclarecimento de duvidas e encorajamento.
Medidas Importantes para Proporcionar Conforto ao Paciente:

- Ambiente limpo, arejado, em ordem, com temperatura adequada e leito confortavel;
- Boa postura, movimentacao ativa ou passiva;
- Mudanca de decubito;
- Respeito quanto a individualidade do paciente;
- Inspiracao de sentimento de confianca, seguranca e otimismo;
- Recreacao atraves de TV, grupos de conversacao, trabalhos manuais, leituras.

PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO

PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO

Manter alguns cuidados com a pele do paciente é fundamental. A atuação fundamental é no alívio da pressão da pele, nas áreas de maior risco, ou onde se tem ossos mais proeminentes. Alguns cuidados são bem importantes, e podem ser realizados desde os primeiros momentos que o paciente ficou acamado, seja em casa ou no hospital.


Manter colchão piramidal (caixa de ovo) sobre o colchão da cama do paciente.

Mudar sempre o paciente acamado de posição.

Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para elevar os calcanhares.

Colocar o paciente sentado em poltrona macia, ou revestida com colchão piramidal, várias vezes ao dia.

Quando sentado mudar as pernas de posição, alternando as áreas de apoio.

Manter alimentação rica em vitaminas e proteína.

Manter hidratação.

Trocar fraldas a cada três horas, mantendo paciente limpo e seco..

Hidratar a pele com óleos e/ou cremes a base de vegetais

Utilizar sabonetes com pH neutro para realizar a limpeza da região genital.

Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras infecções por fungos. Nesses casos, procurar o médico.

Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de AGE nas áreas de risco aumentado para lesões

Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de pressão, com loção umectante e suave. Atenção – áreas avermelhadas não devem ser massageadas, para não aumentar a área já lesionada.

Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las seca e bem esticadas.

NÃO utilizar lâmpada de calor sobre a pele, pois estimulam o ressecamento da mesma.

MASSAGEM DE CONFORTO

MASSAGEM DE CONFORTO

Definicao - E a massagem corporal realizada durante o banho de leito, e aconselhavel ainda, apos o uso de comadre e durante a mudanca de decubito.
Finalidade -  Estimular a circulacao local; Prevenir escaras de decubito; Proporcionar conforto e bem estar;
Possibilitar relaxamento muscular.

Material

Alcool 70%, ou creme ou ainda talco.

Tecnica

01 - Aproximar o paciente na lateral do leito, onde se encontra a pessoa que ira fazer a massagem;
02 - Virar o paciente em decubito ventral ou lateral;
03 - Apos lavar as costas, despejar na palma da mao pequena quantidade de alcool, creme ou talco;
04 - Aplicar nas costas do paciente massageando com movimentos suaves e firmes, seguindo a seguinte orientacao:
a) Deslizar as maos suavemente, comecando pela base da espinha e massageando em direcao ao centro, em volta dos ombros e dos lados das costas por quatro vezes;
b) Realizar movimentos longos e suaves pelo centro e para cima da espinha, voltando para baixo com movimentos circulares por quatro vezes;
c) Realizar movimentos longos e suaves pelo centro da espinha e para cima, retornando para baixo massageando com a palma da mao, executando circulos pequenos
d) Repatir os movimentos longos e suaves que deram inicio a massagem por tres a cinco minutos e continuar com o banho ou mudanca de decubito

HIGIENE INTIMA MASCULINA

HIGIENE INTIMA MASCULINA

Material

01 balde,
01 jarra,
Pacote de gazes,
Comadre,
Toalha de banho,
Sabao liquido o P.V.P.I. degermante,
Luvas para procedimento,
Hamper,
Pinca auxiliar (Cheron),
Biombo,
Forro e saco plastico.

Tecnica
01 - Lavar as maos;
02 - Explicar o procedimento ao paciente;
03 - Reunir o material e leva-lo a unidade do paciente;
04 - Proteger a unidade com biombos;
05 - Trazer o hamper proximo ao leito;
06 - Calcar as luvas de procedimentos;
07 - Posicionar o paciente expondo somente a area genital;
08 - Colocar o forro com plastico sob a regiao glutea do paciente;
09 - Colocar a comadre sob a regiao glutea em cima do forro com a ajuda do paciente;
10 - Irrigar com a jarra com agua, a regiao genital;
11 - Dobrar e pincar gaze com a pinca auxiliar;
12 - Despejar pequena porcao de sabao liquido ou P.V.P.I. degermante, sobre os genitais;
13 - Ensaboar os genitais com a pinca montada em gaze, desprezando a gaze, a cada etapa;
14 - Tracionar o prepucio para tras s, lavando-o em seguida, com movimentos unicos e circulares;
15 - Iniciar a higiene intima pelo meato urinario, prepucio, glande, corpo do penis, depois regiao escrotal e por ultimo a regiao anal;
16 - Despejar o conteudo da jarra sobre a regiao pubiana, pregas inguinais, penis e bolsa escrotal;
17 - Tracionar o escroto, enxaguando a face inferior no sentido escroto perineal;
18 - Retirar todo o sabao liquido ou P.V.P.I. degermante;
19 - Retirar a comadre;
20 - Enxugar a regiao lavada com a toalha de banho ou com o forro que esta sob a regiao glutea do paciente;
21 - Posicionar o prepucio;
22 - Colocar a paciente em posicao de conforto;
23 - Desprezar as roupas no hamper (toalha, forro);
24 - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guarda-los;
25 - Retirar a luva;
26 - Lavar as maos;
27 - Anotar no prontuario.

Obs: - Se houver presenca de secrecao purulenta na regiao uretral, limpa-la com gaze, antes de proceder a limpeza com agua e sabao.

HIGIENE INTIMA FEMININA

HIGIENE INTIMA FEMININA

Material

01 balde,
01 jarra,
Pacote de gazes,
Comadre,
Toalha de banho,
Sabao liquido o P.V.P.I. degermante,
Luvas para procedimento,
Hamper,
Pinca auxiliar (Cheron),
Biombo,
Forro e saco plastico,

Tecnica

01 - Lavar as maos;
02 - Explicar o procedimento ao paciente;
03 - Reunir o material e coloca-los sobre a mesa de cabeceira;
04 - Calcar as luvas;
05 - Trazer o hamper proximo ao leito;
06 - Proteger a unidade com biombos;
07 - Colocar o paciente em posicao ginecologica, procurando expo-la o minimo possivel;
08 - Colocar o forro sobre o saco plastico, colocando-os sobre a regiao glutea;
09 - Colocar a comadre sob a regiao glutea da paciente, com ajuda da mesma;
10 - Irrigar monte pubiano e vulva com agua, despejando-a suavemente com o auxilio da jarra;
11 - Despejar pequena porcao de sabao liquido ou P.V.P.I. degermante sobre o monte pubiano;
12 - Ensaboar a regiao pubiana com a pinca montada em gaze, de cima para baixo sem atingir o anus, desprezando a gaze, apos cada movimento vulva - anus;
13 - Afastar os grandes labios e lava-la no sentido antero-posterior, primeiro de um lado, desprezando a gaze e depois do outro lado;
14 - Lavar por ultimo a regiao anal;
15 - Despejar a agua da jarra, sobre as regioes ensaboadas;
16 - Retirar a comadre;
17 - Enxugar a regiao lavada com a toalha de banho ou com o forro que esta sob a regiao glutea do paciente;
18 - Colocar a paciente em posicao de conforto;
19 - Desprezar as roupas (toalha, forro) no hamper;
20 - Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guarda-los;
21 - Retirar a luva;
22 - Lavar as maos;
23 - Anotar no prontuario.

Obs: - Se houver presenca de secrecao uretral e/ou vaginal, utilizar gazes montadas na pinca
auxiliar para retirar o excesso, antes de iniciar a limpeza com agua e sabao liquido ou P.V.P.I. degermante.

banho no leito


BANHO NO LEITO (Paciente com Dependencia Total)

NORMAS
01 - Trocar a agua do banho sempre que necessario;
02 - Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras antes do banho ou troca-la, depois trocar as luvas e iniciar o banho;
03 - Quando o banho for dado em apenas uma pessoa, levando-se em consideracao que o paciente ajuda, seguir a mesma tecnica, porem, sem esquecer de lavar as maos enluvadas, antes de manipular a roupa limpa;
04 - O uso de mascara para banho e opcional como rotina. Levar em consideracao os pacientes altamente infectados.

Material

Carro de banho ou mesa de cabeceira,
Luva de banho,
Toalha de banho (lencol protetor),
Material para higiene oral,
Material para higiene intima,
Pente,
Sabonete individualizado,
Comadre e/ou papagaio do proprio paciente,
Roupa para o paciente (pijama ou camisola),
Roupa de cama (02 lencois, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 para fralda S/N, 01 forro S/N,
Luvas de procedimento,
Luvas de banho,
Hamper,
01 bacia,
01 balde,
Fita adesiva,
Biombos,

Tecnica

01 - Lavar as maos e calcar as luvas de procedimentos;
02 - Explicar ao paciente o que vai ser feito;
03 - Trazer o carro de banho e o hamper proximo ao leito;
04 - Fechar as portas e janelas;
05 - Proteger a unidade do paciente com biombos;
06 - Oferecer comadre ou papagaio ao paciente e procurar saber se tem clister prescrito. Se houver, faze- lo em primeiro lugar;
07 - Desprender a roupa de cama, iniciando do lado oposto onde permanecer;
08 - Fazer higiene oral do paciente e lavar a cabeca, se necessario;
09 - Trocar a agua do banho, obrigatoriamente, apos a lavagem da cabeca;
10 - Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze;
11 - Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoco;
12 - Remover a camisola ou camisa do pijama, mantendo o torax protegido com o lencol, descansando os bracos sobre o mesmo;
13 - Lavar e enxugar os bracos e maos do lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o mais proximo, com movimentos longos e firmes, do punho a axila;
14 - Trocar a agua;
15 - Lavar e enxugar o torax e abdome, com movimentos circulares, ativando a circulacao, observando as condicoes da pele e mamas;
16 - Cobrir o torax com lencol limpo, abaixando o lencol em uso, ate a regiao genital;
17 - Lavar, enxaguar e enxugar as pernas e coxas, do tornozelo ate a raiz da coxa, do lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o mais proximo;
18 - Colocar bacia sob os pes e lava-la, principalmente nos interdigitos, observando as condicoes dos mesmos e enxugar bem;
19 - Trocar a agua da bacia e a luva de pano, obrigatoriamente;
20 - Encaixar a comadre no paciente;
21 - Fazer higiene intima do paciente, de acordo com a tecnica;
22 - Trocar, obrigatoriamente, a agua da bacia e a luva de banho, retirando a comadre, deixando-a ao lado do leito;
23 - Virar o paciente em decubito lateral, colocando a toalha sob as costas e nadegas, mantendo esta posicao com o auxilio de outra pessoa;
24 - Lavar e enxugar as costas, massageando-as, incluindo nadegas e coccix do paciente;
25 - Deixar o paciente em decubito lateral, empurrando a roupa umida para o meio do leito, enxugando o colchao;
26 - Trocar de luvas ou lavar as maos enluvadas, para nao contaminar a roupa limpa;
27 - Proceder a arrumacao do leito, com o paciente em decubito lateral;
28 - Virar o paciente sobre o lado pronto do leito;
29 - Retirar a roupa suja e despreza-la no hamper;
30 - Calcar outras luvas ou lavar as maos enluvadas e terminar a arrumacao do leito;
31 - Fazer os cantos da cama: cabeceira e pes;
32 - Vestir o paciente;
33 - Pentear os cabelos do paciente;
34 - Trocar a fronha;
35 - Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decubito mais adequado;
36 - Limpar balde, bacia, comadre com agua e sabao;
37 - Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar;
38 - Retirar as luvas e lavar as maos;
39 - Anotar no prontuario o que foi feito e as anormalidades detectadas, se houver.

domingo, 15 de novembro de 2009

Entidades de Classe

. Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn Sociedade civil sem fins lucrativos, que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominaçào de "Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras". É uma entidade de diretio privado, de caráter científico e assistencial regida pelas disposições do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial Em 1929, no Canadá, na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N). Por um espaço de tempo a associação ficou inativa. Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas Seções Estaduais, Coordenadorias de Comissões. Ficou estabelecido que em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma Seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a Associação foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto nº 31.416/52 Em 21 de agosto de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn. Atualmente a ABEn, com sede em Brasília, funciona através de Seções formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão subdividir-se em Distritos formados nos Municípios das Unidades Federativas da União. Finalidades da ABEn • Congregar os enfermeiros e técnicos em Enfermagem, incentivar o espírito de união e solidariedade entre as classes; • Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes de Enfermagem do País. • Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos interesses da profissão.
Sistema COFEN/COREN'S Histórico Criação - Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social.
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício da Profissão de Enfermeiros , e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem
Em cada estado existe um Conselho Regional os quais estão subordinados ao Conselho Federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com escritório Federal em Brasília.
Direção - Os Conselhos Regionais de Enfermagem, são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa e concorrem a eleições.
O mandato dos membros do COFEN/COREN's é honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas a uma reeleição.
A formação do plenário do COFEN é composta pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos CORENs.
Receita - A manutenção dos Sistema COFEN/CORENs é feita através da arrecadação de taxas emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações , legados e outros, dos profissionais inscritos nos CORENs.
Finalidade - São entidades públicas de direito privado vinculadas ao Poder Executivo, na esfera da fiscalização do exercício profissional.
O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem, pelo respeito ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional.
O Sistema COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados Brasileiros, sendo este filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra.
Competências - Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) órgão normativo e de decisão superior:
• normatizar e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
• esclarecer dúvidas apresentadas pelos COREN's;
· apreciar decisões dos COREN's, homologando, suprindo ou anulando atos praticados por este;
• aprovar contas e propostas orçamentária de autarquia, remetendo-as aos órgãos competentes;
• promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional;
• exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei. - Conselho Regional de Enfermagem (COREN) - órgão de execução, decisão e normatização suplementar:
• deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento;
• disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as diretrizes gerais do COFEN;
• executar as instruções e resoluções do COFEN;
• expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável ao exercício da profissão, a qual tem validade em todo território nacional;
• fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional impondo as penalidades cabíveis;
• elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-os a aprovação do COFEN;
• zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem;
• propor ao COFEN medidas visando a melhoria do Exercício Profissional;
• eleger sua diretoria e seus delegados eleitores a nível central e regional;
• exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e pelo COFEN.
Sistema de Disciplina e Fiscalização - O Sistema de Disciplina e Fiscalização do Exercício Profissional da Enfermagem, instituído por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por Resoluções do COFEN.
O Sistema é constituído dos seguintes objetivos:
- área disciplinar normativa - estabelecendo critérios de orientação e aconselhamento, para o exercício de Enfermagem, baixando normas visando o exercício da profissão, bem como atividade na área de Enfermagem nas empresas, consultórios de Enfermagem, observando as peculiaridades atinentes à classe e a conjuntura de saúde do país.
- área disciplinar corretiva - instaurando processo em casos de infrações ao Código de Ética do Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e, no caso de empresa, processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e aplicações das penalidades cabíveis; encaminhando às repartições competentes os casos de alçada destas.
- área fiscalizatória - realizando atos e procedimentos para prevenir a ocorência de infrações à legislação que regulamenta o exercício da Enfermagem; inspecionando e examinando os locais públicos e privados, onde a Enfermagem é exercida, anotando as irregularidades e infrações verificadas, orientando para sua correção e colhendo dados para a instauração dos processos de competência do COREN e encaminhando às repartições competentes, representações.

Ana Neri

Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia.
Casou-se com Isidoro Antonio Neri, enviuvando aos 30 anos.
Seus dois filhos, um médico militar e um oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidência de Solano Lopes.
O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros.
Ana Neri não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de sua Pátria.
Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam.
Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos.
Após cinco anos, retorna ao Brasil, é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é colocada no Edifício do Paço Municipal.
O governo Imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha.
Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.
A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome.
Ana Neri como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher prisioneira do lar.

Florence Nightingale

Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação e perseverança - o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o alemão, o italiano além do grego e latim.
No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas.
Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.
Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes.
Visita o Hospital de Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes.
Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão.
Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à Russia: é a Guerra da Criméia. Os soldados ingleses acham-se no maior abandono.
A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais.
Algumas das enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina.
Florence é incomparável: estende sua atuação desde a organização do trabalho, até os mais simples serviços como a limpeza do chão.
Aos poucos, os soldados e oficiais um a um começam a curvar-se e a enaltecer esta incomum Miss Nightingale.
A mortalidade decresce de 40% para 2%.
Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela será imortalizada como a "Dama da Lâmpada" porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes.
Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida.
Dedica-se porém, com ardor, a trabalhos intelectuais.
Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1859.
Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteiormente.
A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais das candidatas.
O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.
Nas primeiras escolas de Enfermagem o médico foi, de fato, a única pessoa qualificada para ensinar.
A ele cabia então decidir quais das suas funções poderia colocar nas mãos das enfermeiras
Florence morre a 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem.
Assim a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica.

a enfermagem moderna

O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as raízes do processo de disciplinarização e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa até então. A evolução crescente dos hospitais não melhorou, entretanto, suas condições de salubridade. Diz-se mesmo que foi a época em que estiveram sob piores condições, devido principalmente à predominância de doenças infecto-contagiosas e à falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de instrução e experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as doenças em benefício da classe abastada. É neste cenário que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia.

desenvolvimento das praticas de saúde

Subdivisão do períodos relacionados com a mudança das práticas de saúde: •As práticas de saúde instintivas - caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas.

As práticas de saúde mágico-sacerdotais - aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde. O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

As práticas de saúde no alvorecer da ciência - relaciona a evolução das práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século V a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã. A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relato histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de Enfermagem nesta época.

As práticas de saúde monástico-medievais - Focaliza a influência dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. • As práticas de saúde pós monásticas - evidencia a evolução das práticas de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos coletivos. Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as mulheres de casta social elevada Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

As práticas de saúde no mundo moderno - analisa as práticas de saúde e, em especial, a de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista. Ressalta o surgimento da Enfermagem como prática profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na Inglaterra, no século XIX.

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O que é enfermagem

A enfermagem é a ciência e a arte de assistir ao ser humano, no atendimento de suas necessidades básicas de torná-lo independente dessa assistência quando possível, pelo ensino do auto cuidado, de recuperar, manter e promover sua saúde em colaboração com outros profissionais. Assistir em enfermagem é fazer pelo ser humano tudo aquilo que ele não pode fazer por si mesmo, ajudá-lo ou auxilia-lo quando parcialmente impossibilitado de se auto cuidar ou ensina-lo, supervisiona-lo ou encaminha-lo a outros profissionais.
Wanda H.